Frente Parlamentar Mista de Educação Domiciliar será lançada em 29 de maio
Julio
Severo
Uma boa iniciativa está vindo do
Congresso Nacional. Parlamentares pró-família estarão lançando oficialmente, em
29 de maio, a Frente Parlamentar Mista de Educação Domiciliar (FPMED), que
estará sob a coordenação do Dep. Lincoln Portela.
Quase 200 parlamentares já
assinaram documento de apoio à FPMED. Esse é um bom sinal.
O sinal preocupante é que a defesa
que pretendem fazer da educação domiciliar envolve uma educação que segue estritamente
o plano governamental. A imposição desse plano será uma obrigatoriedade,
tornando os pais reféns do Estado.
A luta de muitas famílias
brasileiras pela educação escolar em casa não envolve apenas seu desejo de
escolha do lar como escola alternativa. Eles querem também o lar como lugar
livre de intrusões estatais em suas famílias.
As famílias que educam os filhos em
casa muito valorizam a liberdade de conduzir seus filhos nos interesses
educacionais que mais lhes atraem, sem as bagagens adicionais e pesadas de
temas que não fazem parte do que seus filhos querem e realmente precisam.
No plano governamental, uma carga
enorme e insuportável é lançada sobre a cabeça das crianças, deixando-as
perdidas em labirintos educacionais que a vasta maioria dos professores não
domina. O resultado dessa carga se reflete no desempenho cada vez mais baixo
dos alunos brasileiros em testes nacionais e internacionais.
Se esse tipo de carga também for
imposto nas famílias que educam casa, pais e filhos ficarão previsivelmente
sobrecarregados, resultando no baixo desempenho educacional tão comum nas
escolas públicas.
Se permitirmos que a liberdade dos
pais seja violada pelo Estado, impedindo-os de escolher livremente o lugar e
modo da educação de seus filhos, não veremos uma legítima educação escolar em
casa, mas uma educação governamental em casa. Teremos um grande problema em
casa.
Educação governamental em casa: tornando os pais reféns do Estado dentro de seus próprios lares |
Na educação pública, o governo
brasileiro tem sido um problema imensurável, não tendo moral para usar a lei
para impor sobre os pais uma educação governamental em casa que prive pais e
filhos da liberdade e autoridade de ensinar o que é bom e evitar o que é mau,
inclusive doutrinações marxistas, homossexualistas, evolucionistas, etc.
O governo brasileiro, que tem sido
intransigente e estúpido na perseguição e controle das famílias que querem
liberdade educacional dos fracassos estatais, deveria gastar suas energias em
áreas em que sua atuação é patentemente deficiente, como a segurança pública.
Mais
de 50 mil brasileiros são assassinados por ano. Desse elevado número, menos de
10% dos assassinatos são esclarecidos, mostrando que o governo brasileiro
tem sido incompetente numa área em que ele tem a obrigação de ser 100%
competente.
Contudo, quando o assunto é
educação em casa, o governo se mostra 100% competente para ameaçar, processar,
perseguir e traumatizar famílias que querem distância do fracasso educacional
estatal, optando pela liberdade e responsabilidade de criar e educar seus
filhos descontaminados de desnecessárias doutrinações estatais.
Se quiser ser útil, a Frente
Parlamentar Mista de Educação Domiciliar deve dar um recado bem claro ao governo:
“Cuide da segurança. Mostre sua competência ali. E deixe os pais educarem seus
filhos sem a intrusão de intrometidos agentes estatais”.
O governo é o problema — pelo menos
na educação e outras áreas que competem à família, não ao Estado. Se a Frente
Parlamentar Mista de Educação Domiciliar não caminhar com esse princípio, eles
e os pais enfrentarão muitos problemas para avançar diante de um Estado ávido
de controle sobre as crianças, ainda que à custa do fracasso educacional delas.
Os pais precisam de independência
desse fracasso e seu autor. Os pais precisam da ajuda da Frente Parlamentar
Mista de Educação Domiciliar para garantir em lei sua independência. Do
contrário, eles continuarão exercendo sua liberdade independente das vontades
tirânicas de um governo que se esqueceu de que a família vem antes do Estado,
não o reverso.
Fonte:
www.juliosevero.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário