Detetive particular resgata crianças em missões noturnas
Investigador devolve aos pais crianças levadas por conselhos tutelares
Bob Unruh (WND)
Não é bem um “Pequenos Espiões” da vida real, mas certamente há aventura envolvida.
Parece que um investigador particular polonês, apelidado de “Rambo” pelos fãs, encontrou uma solução para os problemas criados quando conselhos tutelares tomam a guarda de crianças contra a vontade dos pais nos países nórdicos: ele simplesmente as “sequestra” e as devolve aos pais.
Aconteceu pelo menos duas vezes na Noruega e é um avanço maravilhoso para famílias de lá e de países como a Suécia, onde conselhos tutelares, como já mostrado pelo WND, possuem controle praticamente total sobre as crianças, uma vez que são colocadas sob a guarda do governo.
Em junho, o detetive particular Krzysztof Rutkowski ganhou fama pela “libertação" de uma menina de 9 anos da sua “prisão norueguesa” — o lar temporário determinado pelo governo — e devolvendo-a a aos seus pais, que fugiram da Noruega para viver na Polônia.
E há poucos dias, o mesmo detetive teria tomado um menino de 13 anos da guarda do conselho tutelar e devolvido à sua mãe. A reunião da família, mais uma vez, teria ocorrido na Polônia, de acordo com a IceNews.
O trabalho recebeu aprovação de Ruby Harrold-Claeson, presidente do Comité Nórdico dos Direitos humanos, fundado em Copenhague em 1996. O grupo busca “expandir direitos e liberdades dos indivíduos e suas famílias e fortalecer o respeito por direitos humanos básicos e liberdades fundamentais nos países nórdicos".
Harrold-Claeson esteve envolvida em alguns dos casos mais notórios de guarda de menores, incluindo o caso de Domenic Johansson, na Suécia. O envolvimento de Harrold-Claeson alarmou tanto as autoridades judiciais que elas determinaram que a família Johansson fosse representada por outro advogado escolhido pelo tribunal em vez dela.
O caso está pendente no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, onde a Home School Legal Defense Association (Associação de Defesa Legal da Educação Escolar em Casa) e a Alliance Defense Fund, organização internacional de direitos civis e religiosos, estão debatendo a necessidade de Domenic ser devolvido aos pais.
Conforme reportagem do WND, seu pai, Christer Johansson, ficou preso por 2 meses por pegar Domenic com sua família temporária, designada pelo tribunal, e levá-lo para uma visita em casa no último feriado de ação de graças.
O caso começou em meados de 2009, quando o conselho tutelar e a polícia levaram Domenic à força, na época com 7 anos, porque estavam preocupados com o fato de ele estar sendo educado em casa. Os tribunais locais depois negaram aos pais a representação legal que procuravam em Harrold-Claeson, exigindo em vez disso que fossem representados por um advogado autorizado pelo Estado. Os tribunais por fim decidiram que o Estado deveria manter a custódia de Domenic.
De acordo com relatórios publicados, o detetive particular fez a primeira tentativa em junho. A agência Aftenposten noticiou que a polícia do condado de Vestfold estava investigando um caso no qual um menor estava "sendo tomado ilegalmente dos seus pais ou tutores, neste caso, o serviço de proteção à criança".
De acordo com o relatório, o conselho tutelar tomou a guarda da criança, supostamente com problemas de depressão, e enfrentou resistência dos pais. Constava ainda nos relatórios que a criança de 9 anos pulou a janela da casa de seus pais adotivos e desceu por uma corda na noite em que se encontrou com o detetive particular, que então fez a travessia até a Polônia — onde seus pais já a estavam esperando.
Os nomes dos membros da família não foram divulgados. A família contou à Rádio Szczecin que autoridades foram à escola da criança e a interrogaram, depois disseram aos seus pais que estavam assumindo sua guarda.
O segundo caso foi noticiado há poucos dias, mais uma vez na mídia norueguesa. Dessa vez, Rutkowski teria devolvido um garoto de 13 anos à sua mãe em uma operação parecida.
De acordo com a Icenews, o detetive “encontrou-se com o garoto em uma academia antes de desaparecer com ele para a Polônia em um comboio de carros não identificados”.
De acordo com a reportagem, em declaração do advogado do garoto: “Ele sempre dizia que queria voltar para a casa de sua mãe. Ele foi claro desde o início. Eu pedi que arrumasse um porta-voz, mas não quiseram lhe dar um, e um porta-voz deveria estar presente quando a decisão de emergência (sobre a guarda) foi julgada pelo conselho regional de apelações”.
Harrold-Claeson chamou a estratégia que reuniu a criança de 9 anos com seus pais de “um excelente trabalho”.
Disse ainda que “as estações de rádio e TV e jornais da Polônia noticiaram o resgate da criança e fizeram fortes críticas à Noruega. Crianças levadas como reféns pela política de bem-estar social dos países nórdicos devem ser resgatadas, pois não há justiça nesse sistema".
“De acordo com a lei, os pais precisam ir a audiências no tribunal para libertar seus filhos, mas uma vez que o sistema se apodera da criança, eles não a deixam ir. Eu ajudei muitos dos meus clientes em suas desesperadas porém inúteis batalhas para recuperar guarda de seus filhos”, declarou Harrold-Claeson.
“Alguns acabam em instituições psiquiátricas e alguns morrem de ataques cardíacos porque o sistema destrói suas vidas. Até hoje, eu salvei 53 crianças da destruição iminente pelos conselhos tutelares. A maioria das famílias em questão pegou seus filhos e fugiu da Suécia”, disse a advogada.
Harrold-Claeson acusa os sistemas de assistência social dos países nórdicos, principalmente na Suécia, de oferecer gordas pensões às famílias adotivas.
“Esses lares adotivos frequentemente são de baixa qualidade, e seu principal objetivo é ganhar dinheiro por meio das crianças adotadas", disse Harrold-Claeson, e acrescentou: "famílias cujas crianças foram colocadas sob a guarda do Estado são geralmente pais solteiros, desempregados ou recebendo ajuda do governo”.
Ela disse à HSLDA que espera que a notícia dos resgates chegue aos pais para que eles saibam das “atrocidades sendo cometidas contra crianças e suas famílias na Noruega, Suécia, Dinamarca, e em menor grau, na Finlândia”.
Os casos “devem ser trazidos ao conhecimento do mundo todo”, disse a advogada.
Michael P. Donnelly, diretor de relações internacionais da HSLDA, disse que Harrold-Claeson é "uma advogada corajosa que enfrentou o sistema de assistência social da Suécia e protegeu crianças de serem sequestradas pelo Estado".
Harrold-Claeson disse ao WND que o caso da criança de 9 anos ocorreu porque os seus pais tiveram uma briga e o serviço social “interveio para evitar que a criança ficasse triste”.
“Estranhamente, esses órgãos de proteção à criança não se dão conta de que intervir nas famílias, removendo crianças e colocando-as em lares temporários, no meio de completos estranhos, é muito mais traumatizante do que os eventuais problemas com os pais”, concluiu Harrold-Claeson.
De acordo com ela, as autoridades suecas acreditam que “crianças são propriedades do Estado, para serem compradas e vendidas como se fossem mercadorias. Tomar a guarda de crianças e colocá-las em lares temporários é uma indústria na qual crianças, pais e entes queridos, assim como sua saúde — tanto física como mental — são irreparavelmente destruídos”.
Ela disse ainda ao WND que o Estado ”decidiu usurpar os poderes dos pais e substituir a autoridade paternal sobre as crianças deixando-as nas mãos de servidores públicos, que por definição deveriam ser servidores, e não senhores”.
Harrold-Claeson fez um apelo aos americanos para que condenem tais práticas e fiquem atentos, pois ela já viu práticas parecidas acontecendo nos EUA.
Donnelly já havia demonstrado preocupação com o tratamento dado à família Johansson na Suécia.
“A desumanidade das autoridades suecas em manter Domenic Johansson sob guarda temporária, praticamente sem visitas dos pais, continua sendo uma grande preocupação para a nossa organização", disse o diretor da HSLDA. “A falha das autoridades provinciais e federais em investigar e retificar um escandaloso abuso de poder por parte das autoridades municipais de Gotland e assistentes sociais faz a Suécia parecer mais um antigo Estado totalitário soviético do que uma nação ocidental livre e democrática".
O governo tomou a guarda de Domenic quando, em 2009, policiais invadiram o avião onde a família havia embarcado a caminho da Índia, país de origem da mãe de Domenic, Annie Johansson.
O caso também está sendo acompanhado por um blog chamado Friends of Domenic.
Gustaf Hofstedt, presidente do conselho tutelar local de Gotland, havia dito ao WND da Suécia por telefone que há mais em questão do que o homeschooling, mas se recusou a explicar.
“Entendo que a repercussão foi de que o caso envolvia apenas o homeschooling”, disse Hofstedt ao WND. “Mas esse não é o caso”.
Ao ser solicitado que explicasse, ele disse: “Não posso responder porque é confidencial”.
Traduzido, a pedido de Julio Severo, por Luis Gustavo Machado Farias.
Fonte: WND
Divulgação: www.juliosevero.com
Mais informações sobre o caso do menino Domenic Johansson:
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